A partir deste texto começo a compartilhar minhas experiências sobre mediunidade. Coisas desconfortáveis de se contar por aí. Talvez por medo, estranhamento ou até mesmo privacidade. Além de tudo porque é um assunto um pouco polêmico diante de tantas controvérsias. Não sou experiente no assunto, mas compartilho o que tenho vivido, pois sei que tem gente nessa situação e que acaba se sentindo mal por não ter muito a quem recorrer. É preciso colocar os tabus no tabuleiro para jogar na mesa do esclarecimento.

Não sou médium do jeito que o senso comum faz a imagem estereotipada. Sou um cara que descobriu o aumento de sua sensibilidade intuitiva. E isso não me torna especial ou algo do tipo. Me torna sim mais fora da curva diante da multidão. Não uma pessoa com poderes sobrenaturais como o que muitos acreditam ser um médium, ou uma pessoa sensitiva. Nem sei se dá pra considerar de fato esse rótulo. Estou estudando e me desenvolvendo. Entendo que mediunidade é uma faculdade que todos temos e é como aptidão para tocar um instrumento musical. Uns nascem com ela, outros tem facilidade e ainda outros conseguem desenvolvê-la a partir do zero e em qualquer idade.

Fico entre os dois primeiros exemplos. Descobri tarde uma intuição mais aguçada que nunca pensei em ter. Hoje vejo que isso atrapalhou minha vida e agora está me ajudando, a medida que entendo mais e trabalho para usá-la da melhor forma possível. Uma vez que descobri que a mediunidade pode nos ajudar muito, decidi olhar para ela como uma ferramenta para começar a me trazer mais vida e gerar mais vida para todos. Vivemos num mundo energético em iminência e entender essa dinâmica nos faz levar uma vida mais leve.

Pelo que venho percebido, todo empata é um médium em potencial e todo médium é empata em potencial. A medida que se cuida desta capacidade, tudo começa a entrar em harmonia. Uma das maiores dificuldades de quem descobre a mediunidade desarmônica, como eu, é perceber que virou o tal "médium esponja". Aquele que absorve as energias dos ambientes, das pessoas e acaba se lascando energeticamente, sentindo-se sugado ou esgotado, quando não começa a ter problemas crônicos por conta dessa absorção.

Se você é daquelas pessoas que os amigos gostam de pedir conselhos, ou que eles dizem que se sentem aliviados ao conversar com você, talvez isso não seja só pela afinidade ou pelo carinho entre vocês. Pode ser que você esteja absorvendo as energias que fazem as pessoas e os locais sobrecarregados. Você pode ser aquele que chega num restaurante e por mais que as comidas pareçam bonitas, você desiste de comer ali. Ou ainda, aquela que nunca vai em certo shopping ou entra em determinada loja. Não é simples. O que você talvez não consegue explicar é o fato de que perto de certas pessoas ou dentro de certos locais há uma energia que você absorve como um ímã. Sem saber. Isso pode estar te prejudicando. Agora, tenha certeza que independente disso tudo, você é alguém que sabe ouvir o outro muito bem. Isso sim é raro na atualidade.

Claro, tem pessoas e pessoas. Acredito que isso vale mais para quem não conhecemos bem, e principalmente desconhecidos. Você pode ter pessoas que gosta, por exemplo, mas sente-se exausto após uma conversa O contrário também acontece. Pode ser que sinta-se exausto, mas sabe que está fazendo uma troca, ou está consciente da doação de sua energia. Isso faz com que nos recuperemos rápido. Lidar com as energias, principalmente das pessoas é algo bastante sutil, bastante sensível. Por isso é um terreno tão controverso e delicado. Ninguém quer estar com pessoas sugadoras de energia e ninguém quer ser um sugador de energia. Há aqueles que querem sugar sim, mas esses são muito fáceis de identificar. E, por fim, aqueles que fazem isso como o Chaves: "sem querer querendo". Não tivemos Educação Energética na escola e por isso todos nós estamos aptos a ser um sugador energético, sabendo disso ou não. Então, é preciso ser o mais compreensível possível. Exceto quando compromete nossa própria segurança. Aí, nesse caso, cuidar da sua energia é prioridade.

Segundo a física quântica, a energia nunca acaba. Ela apenas é transferida. No meu entendimento, é isso que acontece com os médiuns esponja. Nem mesmo a morte cessa a energia. Nós deixamos esse corpo material que se decompõe em energia que retorna através do solo à natureza. E a energia primordial, nossa alma, se encaminha para outra dimensão. E aqui está o ponto onde quero chegar com a questão de deixar de ser um médium esponja e tornar-se um Médium Escova, ou um empata que ao invés de absorver a energia negativa, mantém a energia positiva.

Porque defino como Médium Escova? É para dar leveza e humor sobre o tema, encontrando uma solução que traga mais consciência para nós. Uma escova também tem a função de limpar, mas não de absorver. Remover a sujeira, e também "dar o brilho". Suas características mais rígidas nos mantém mais preparados para enfrentar duras sujeiras, não deixar acúmulos e não ser tão flexível ao ponto de nos prejudicar. As pessoas vão saber que você está ali para ajudar a limpar, mas não para absorver. E isso as permite ter mais consciência da própria energia; mais responsabilidade sobre a própria energia.

Para poder fazer isso, se transformar de esponja para escova, é necessário saber uma única coisa, e a partir daí tomar as devidas providências de educação e limites. Precisamos saber, como pessoas mais sensíveis energeticamente, que a nossa energia é de propriedade nossa. Por uma Lei Universal, ou Lei de Deus, temos o direito inalienável de ter sob nosso domínio nossa própria energia, e não permitir que ela seja tomada, roubada ou esgotada por alguém, encarnado ou desencarnado.  Você vê, nem gêmeos tem a mesma energia. Eles são iguais, mas cada um tem a sua. Absorver as energias de ambientes ou pessoas só acontece porque permitimos isso de forma inconsciente. Assim como citado, não fomos educados sobre nossa energia. Isso é um aspecto recente, é parte de uma evolução que acontece agora. A energia é sugada porque é positiva e está sobrando. O que te torna uma fonte disponível, caso não tenha consciência disso. Ou seja, sem saber o que tem para dar e o quanto, você se torna um alvo de absorção energética.

A partir do momento que entendemos isso como uma nova característica do ser humano e que assim como temos o direito de ir e vir, temos o direito de sermos donos de nossa energia, a coisa toda muda. Você começa a pensar diferente e literalmente começa a ficar melhor em todos os aspectos. Principalmente, melhora sua saúde. A saúde física, mental, emocional e espiritual. Uma vez que fica mais saudável no todo, os outros são convidados a fazer o mesmo. Na minha visão, essa é uma das maiores quebras de paradigma que envolve os relacionamentos. Muita gente vai chiar... claro. E o processo de desvínculo desta forma desequilibrada de transferência energética, pode não ser agradável para os que estavam acostumados. Mas não esmoreça. Há grande amparo. Os jogos energéticos são nossos maiores vilões. Sabe por quê?

Chegamos a este mundo abertos energeticamente a tudo e a todos. Em essência somos pura generosidade. Nossa inocência natural não impõe barreiras energéticas a qualquer pessoa, lugar ou coisa que for. Diz a lenda que a Terra foi um projeto que não deu certo. Não concordo com isso, mas esse exemplo cabe aqui, no que diz respeito a necessidade de estabelecermos limites energéticos e não permanecer abertos energeticamente para tudo. O desequilíbrio existe e precisamos cuidar de nossa energia para que possamos viver uma vida de harmonia. Pois, tudo que damos atenção (energia) cresce. Por não cuidarmos de nosso campo energético, sofremos abusos de todas as naturezas sem ao menos saber. Nos negamos dizendo sim quando queremos dizer não. Vamos a lugares que não queríamos ir, em encontros que não desejamos, tolhemos nossas emoções para nos adequar ao meio social, enfim. Quando não temos consciência da nossa energia, compactuamos com o desequilíbrio energético.

Não faço mais papel de esponja e acredito que ninguém quer fazer isso. Principalmente, os que descobriram há pouco a mediunidade como característica que pode ajudá-los e aos outros. Então, decida mudar seu paradigma de esponja e torne-se um "escova". Logo em seguida, clame sua energia de volta como o Thor ao chamar seu martelo de poder. É isso! É igual este exemplo! Não há como alguém fazer mal uso da sua energia ou tomá-la de você, a não ser que você tenha dado a permissão. Se foi consciente, retire agora. Se foi inconsciente, você pode retirar esta permissão dada, pedir sua energia de volta e recebê-la. É direito dado a você sob a mais alta Lei Universal. A partir disso, comece a ficar mais consciente sobre onde está indo sua energia. Crie mecanismos para filtrar o que te evolui ou o que te involui. Estude, se conecte com seus mentores. Se isso ainda for novo pra você, encontre seus mentores. Descubra! O mundo físico é a última extremidade da grande existência da qual somos parte. O mundo físico é só o dedo mindinho do Grande Ser, do Grande Cosmos.

Você tem um botão liga-desliga, uma chave comutadora para ligar ou desligar sua capacidade de absorver ou não as energias. Use-a com cuidado por si mesmo, responsabilidade e serviço pelos outros. Faça o cálculo. Quando tempo dura uma esponja? Agora, quanto tempo dura uma escova? A resposta é direta. A escova dura mais. Como seres humanos cada vez mais conscientes, vamos durar tempo suficiente para descobrir que nosso destino é a eternidade de bênçãos! Em nome do somos todos um.

Com amor,
Rica Saturno 💙

Photo by CDC on Unsplash





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