Pra fechar essa mini série de três textos sobre alimentação sem animal, compartilho o principal motivo da minha experiência. Parei de comer carne de um dia para o outro e depois disso nunca mais consumi. Foi bem radical. Se você quer parar de comer carne, esta minha experiência pode ajudar. Foram algumas palavras que escutei que me fizeram tomar a decisão e não tive dúvidas que era o fim das carnes no meu cardápio. 

O argumento é forte. Se você acredita que tudo é energia, isso vai fazer sentido pra você. Se for cético, talvez isso nem seja argumento a considerar, e você pode deixar de ler o texto se preferir. Então foi o seguinte. Nesse universo onde tudo é energia, quando se abate um animal para consumo ele guarda em seu corpo todo o estresse da iminência se sua morte. Eu falei que seria forte... Sabe aquele medo que você tem quando algo coloca em risco sua vida? A adrenalina, as substâncias e reações químicas que fazem os músculos endurecerem para fugir? 

Animais são sencientes, eles sentem! Todo o sofrimento imposto nesse “manejo” é transferido energeticamente para o corpo do animal, que guarda estas informações em seu DNA. Ao ingerir esta carne você está colocando para dentro do seu corpo toda essa informação energética no DNA também. Falando bem no popular, ao comer um animal você está comendo o sofrimento que ele passou em sua morte e/ou maus tratos. A energia nunca se dissipa, ela é apenas transferida.


Foi este fato que me fez parar de comer carne de um dia para o outro. Na hora veio em minha cabeça a imagem de todos os animais com medo e querendo viver, de todos aqueles que comi durante minha vida toda. Chorei de doer o coração. Isso mudou meu pensamento, mudou minha consciência. E desde 27 de março de 2016 nunca mais sequer provei algum prato com carne. Sim, nem peixe... 

Acredito que o que nós acreditamos acontece conosco. Então, para os que comem carne e acreditam que isso é o normal da vida pode ser que consigam viver plenamente com seus hábitos de alimentação onívora. Assim como eu vivi durante anos comendo carne desde que nasci (neste caso pode tirar o “plenamente”). Para mim foi uma transição e não me culpo sobre escolhas anteriores. Foram conscientes, porém herdadas do status quo. Aqui não faço juízo de valor. O que posso compartilhar é que esse insight me fez mudar a alimentação, que mudou meu organismo e minha vida para melhor em todos os sentidos. 

Apesar de ter feito isso abruptamente, não recomendo a retirada desta forma de um dia para o outro. Nenhum profissional da saúde recomenda e, na verdade, eles até alertam. Fiz por minha conta e certo de estar substituindo todas as necessidades nutricionais necessárias. Opções para substituir tem todas. E, principalmente, mais saborosas e mais saudáveis. É como descobrir um novo mundo da gastronomia. Agora, o preço é alto e às vezes pode ser difícil. Afinal, é uma mudança de paradigma onde somos minoria na sociedade. Não é só colocar vegetais no cardápio e está tudo certo. Existem várias implicações; fica para o próximo texto. 

Acredito e vejo que o mundo está caminhando para isso, uma alimentação totalmente crueltyfree. Sem esquecer da indústria em diversas áreas como têxtil, estofados, entre outras. Existem coisas não muito óbvias que são derivados de animais, como as pestanas de instrumentos musicais feitas de osso, por exemplo. Se existem possibilidades da gente diminuir o sofrimento de qualquer natureza que seja, porque não fazê-lo? Na soma de tudo, a equação da vida fica com menos pesar e mais prazer. Fica mais positiva e gera vida para todos. 

Se quiser se aprofundar um pouco mais tem este texto do Osho sobre alimentação e o corpo. http://www.osho.com/pt/read/featured-articles/body-dharma/being-a-vegetarian

Amor incondicional. Gratidão. União.
Rica Matsu



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