Quem já morou fora do Brasil vai concordar comigo ao dizer que as pessoas parecem bem mais receptivas quando a gente retorna ao nosso país de origem. Acredito que é unanimidade, não sei. Cada experiência é única. A certeza absoluta que tenho é que o nosso olhar muda. E muda bastante, pois expandimos nossa consciência. Nesta expansão temos a oportunidade de aprender sobre o amor incondicional, um vislumbre da igualdade do ser humano.

De fato, voltei da Nova Zelândia e apesar da suposta crise instalada no Brasil, qualquer um que eu tenha contato está sendo muito mais receptivo: nas conversas ocasionais, nos diálogos dentro do ônibus, com amigos, parentes, conhecidos ou não. E mesmo que eu vá numa loja onde o vendedor está com a cara feia ele me atende com empatia. Isso está acontecendo principalmente com desconhecidos. Estranho não? Talvez.

Percebi uma coisa. Existe uma grande diferença entre viver num país miscigenado e viver num país onde várias raças convivem. Na miscigenação parece existir uma necessidade de inclusão de origens a, b ou c. E se não há maturidade suficiente sobre nossa própria identidade, a tendência é o julgamento do que é aceitável; adequado ou não. Em um país onde há o encontro de várias raças, você aprende a aceitar todas elas de forma inquestionável, digamos assim. Está mais aberto a conhecer as diferenças entre os povos e ainda fica curioso em saber como cada um se comporta. Quando vê, percebe que não tem lá tanta diferença assim de uma raça para outra. O próprio termo raça nem deveria existir.

Claro que os costumes, cultura e hábitos têm sim grandes contrastes. Só que, no fundo somos todos seres humanos iguais. Conviva um tempo com um chinês, um indiano e um inglês, ou qualquer pessoa de outro país, todos ao mesmo tempo. Estude junto, trabalhe junto e você vai perceber que tem sempre aquele mais chato, o mais risonho, o namorador, a patricinha, a tímida, o zangado, o anfitrião. Todos tem seus sonhos e querem ser felizes.

Logo, existe uma grande troca que, sem querer, faz a gente ser empático com o outro e incluir suas diferenças ao invés de excluir divergências. Não há nada melhor que você presenciar a interação entre pessoas de raças diferentes tentando se comunicar, com aquele cuidado para entender o que o outro quer expressar. Vivi isso em sala de aula entre alunos, vendo mães de países diferentes interagindo no parque, enquanto seus filhos brincavam nos playgrounds; durante o expediente no trabalho ao lado dos funcionários de vários países. Além de várias outras ocasiões.

É uma ótima maneira se sentir um pouco do que possa ser o amor incondicional. As pessoas estão unidas por um motivo em comum e com isso tornam-se mais abertas a aceitar o outro como ele é. Morar fora é dar um aceite no contrato da fraternidade. Esta aceitação faz as pessoas se oferecerem para ajudar uns aos outros nas dificuldades que possam surgir, e uma vez que você recebe ajuda te dá uma vontade tremenda de ajudar também. Cria-se um ciclo do bem!

Nas dificuldades que passei por lá fui ajudado de forma inesperada e outras vezes fui inesperado em ajudar outras pessoas que precisavam. Tudo de forma espontânea. É muito impressionante a motivação que se cria em querer ajudar o outro. Talvez nem todos os países sejam assim. Acho que acontece mais em lugares onde muitas raças se encontram. Por essa razão aumentou muito dentro de mim o sentimento de amar o outro de forma incondicional. Isto me ajudou muito a reduzir meus julgamentos internos. E é aí que está a cambalhota do gato!


Depois de passar um tempo vivendo dessa forma, seu eu aprende a aceitar muito mais as pessoas, independente de qualquer coisa, e isto se reflete de alguma maneira em torno da sua pessoa. Se você vibrava em uma frequência de desconfiança, agora passa a vibrar na confiança, na receptividade, e assim todos passam a ser mais receptivos com você. Todos passarão a ter empatia porque o sentimento de aceitação é amor incondicional. E esse amor quebra qualquer badvibe!

E você? Conta aí nos comentários como foi sua experiência. Sentiu algo parecido? E se você ainda não viajou pra fora, considere a possibilidade de voar! :D

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