Ao contrário da visão superficial sobre o minimalismo, o dinheiro não é escasso. Muito pelo contrário! Os recursos são completamente aproveitados porque são investidos com propósito. E a consequência de um propósito orientado para o bem-estar é o retorno certo. O dinheiro que seria usado em coisas desnecessárias ou dispensáveis é investido com mais critério e noção na prática minimalista. Isso é foco no essencial.

Todo mundo tem o direito de rasgar dinheiro de vez em quando. Comprar um carrão esportivo, mesmo que o motor potente fique subutilizado por falta de estradas compatíveis com a velocidade. Pagar aquela academia da moda por seis meses e ir só um dia na semana, também é um belo exemplo. E quando a gente paga anuidade de cartões de crédito sendo que existem cartões isentos desta taxa?

Será que a gente precisa do iPhone 5SXC-3PO logo depois de lançado? Você consegue assistir todos aqueles canais do plano Megamasterfull que assinou na promoção do combo 10 em 1? Quantos cosméticos vencidos você tem em casa? Melhor parar por aqui, antes que este post se transforme em lista de doação ou anúncio de classificados.

Vaidade funcional é o que eu chamo de satisfazer os próprios desejos sem cometer exageros que levam o nosso dinheiro para o ralo. É deixar de lado aquela competição automática do consumo.  A simples atitude minimalista pode multiplicar o que você tem sem que necessariamente você tenha um aumento de salário. Qual a sua relação com o dinheiro, o que ele representa? Que tipo de necessidade ele está suprindo, ou suprimindo? Perceba o fluxo, a direção dos seus recursos.

Mais adiante na superficialidade, minimalismo não quer dizer comprar grandes quantidades pelo menor preço, gastar menos e levar mais. Quase sempre o barato sai caro. Vão haver casos em que você vai sim comprar coisas até mais caras e de marcas famosas, por saber que vai usá-las com frequência e que tem qualidade para durar o suficiente. E vice-versa. O caso do iPhone virou até um exemplo clichê sobre minimalismo. Mais e mais pessoas tem trocado a maçã pelo robozinho verde.

Esses são só alguns dos exemplos onde o minimalismo maximiza recursos e faz a gente aproveitar melhor o dinheiro. O consumismo tem um domínio tão perverso que consegue inverter os valores das coisas. Não é fácil e dá um trabalhão reverter esse processo, depois de cair na relação passional do consumo. Mas, acredite, vale a pena! Menos é mais (dinheiro no bolso também).


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