O desapego das coisas é um grande desafio. Mesmo quem nunca teve uma experiência minimalista sabe como é difícil no início ficar sem algumas coisas que estávamos acostumados a consumir. O caso das temíveis e desconfortáveis dietas. Como parar de comer aquele chocolate preferido, a cervejinha "sagrada" do final de semana ou mesmo reduzir a quantidade de comida na hora das refeições? Essa pergunta parece uma chamada daqueles programas sensacionalistas... Então, vamos direto ao assunto.

É muito bom a gente consagrar o pão nosso de cada dia, ter aqueles pequenos prazeres que nos deixam mais felizes como comer um doce, tomar a bebida predileta, um cafezinho quente pela manhã. Sabemos que é cientificamente comprovado que, muitos desses alimentos, otimizam as nossas sinapses cerebrais aumentando o nível de felicidade através da serotonina, e aquele papo todo.

Agora, sempre me pego questionando sobre nutrição. Não sobre a questão de engordar ou emagrecer. O que passei a prestar mais atenção foi do que são feitos todos estes alimentos, e como eles podem realmente nutrir nosso corpo. Perguntaram ao Alexandre Carlo, do Natiruts, sobre o porque de colocar tanto a palavra "flor" em suas músicas. Ele disse que procurava nutrir suas canções com palavras. Uma bela analogia, não?

Nutrir é bem mais que cumprir a dieta da nutricionista ou reduzir drasticamente os excessos de nossos paladares. É questão de qualidade. Os chocolates brasileiros mais populares no geral nem são considerados chocolates em nível mundial. É grande a lista de produtos muito aquém do que se propõem. Salvo poucas exceções. O mais curioso é considerar "sagrados" os alimentos industrializados menos nutritivos. Ninguém fala hum, aquela maçãzinha sagrada.

Gosto muito da dieta paleolítica, ela procura selecionar os alimentos mais naturais possíveis. Evita-se o consumo de produtos industrializados, que infelizmente vão de uma escala mínima de nutrição a zero; quando não nos causam problemas. A meta primordial deste mercado da indústria é lucro, não nutrição. Buscar o natural é um caminho sem erro, acredito. O veganismo ou vegetarianismo também bebe desta fonte de nutrição. Aliás, talvez seja a própria fonte. Um dia eu chego lá.

Já parou pra pensar do que realmente é feito o que você se alimenta? Tem o hábito de ler os ingredientes dos produtos que pega no supermercado? Procura produtos ou lugares que te nutrem como as letras do Alexandre? Eu procuro sempre, o máximo possível. E é claro, dou aquelas escorregadas. O bom é que elas estão diminuindo. Passei a pensar nesse tipo de nutrição e não mais em listas proibitivas com suplementos e redução radical de nossos pequenos prazeres, sejam eles naturais ou não.


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