Foram anos de injeções de propaganda na televisão. Aprendendo o pseudo-mantra "quanto mais tem mais rico é". Os pais diziam isso. É o que a maioria da sociedade acredita. E assim eu também passei no teste para mais um consumista diplomado. Depois de conhecer o minimalismo, troquei o diploma por uma carta de alforria. E agora estou desconstruindo o modelo consumista da minha pessoa.

A medida que destralhamos as coisas acumuladas em excesso, prestamos mais atenção em nós mesmos. Tiramos as várias camadas que se sobrepõem sobre nosso eu. Camadas formadas por imposições sociais de adequação ao status quo. Paramos de perder tempo de vida com coisas materiais e inanimadas. Elas tornam-se apenas meras ferramentas do cotidiano, e não mais motivo de orgulho. Ganha-se tempo de qualidade quando o foco está sobre experiências de vida, sobre histórias que podemos contar.

Quando a gente se conscientiza disso e começa cavucar essas camadas, as coisas vão ficando mais claras. Os verdadeiros valores são iluminados. O mais importante de fato começa a chamar mais a sua atenção e você percebe que o consumo não consegue preencher aquele vazio que sentimos. Ou proporcionar aquela felicidade que queremos.

Sem a infinidade de coisas para obter, administrar, manter e cuidar, o ter é deixado de lado. Entramos num estado de alívio crescente. Isso diminui as preocupações, ansiedades e tensões. É uma das razões do mantra "Menos é mais"! Apesar de ser muito simples, não é nada fácil, claro. Aprendemos a sobreviver no mundo da concorrência. Deixar de "concorrer" na corrida do consumismo pode dar aquela sensação de perda. E esta sensação é o sinal claro de que estamos sendo controlados, ao invés de estar no controle de nós mesmos.

"A cada coisa em excesso que me desfaço meu eu ganha mais espaço."


4 Comentários

  1. Compartilho de sua opinião e vivencio momento semelhante: o da desconstrução do consumismo na busca do meu eu.

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    1. Fico feliz que você é mais uma pessoa que está buscando a sua essência. Nada fácil né? Só que, depois vai ver como isso é desafiador e gratificante! Toda sorte na desconstrução! :)

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  2. É exatamente como me sinto. Aliviada, parece que eu estava carregando as coisas nos ombros.

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    1. Maravilha Giselle! E carregamos mesmo... nos ombros da nossa alma. A cada dia mais sentindo esse alívio! :)

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