Quando a gente fala a palavra riqueza, logo vem à cabeça grandes quantias em dinheiro, ouro, luxo, abundância de coisas materiais. Mas o que é de fato a riqueza? Desde quando adotei o minimalismo como estilo de vida, tenho pensado muito nesse conceito de riqueza que a sociedade, em geral, acredita. Meus recentes encontros com velhos e novos amigos tem me trazido uma riqueza tão grande em tão pouco tempo, que chega a ser assustador.

Esta nova percepção me trouxe o novo conceito de riqueza. É a riqueza imaterial. É a qualidade de encontros que fluem entre duas ou mais pessoas. Quando a gente pensa no que há de mais poderoso no mundo, o que vem a mente é sempre alguma coisa material. Agora, pense de um jeito diferente. O que há de mais rico e poderoso no mundo é o ser humano. São pessoas! A maior riqueza da vida são as pessoas.

Assisti uma palaestra do Ricardo Lindemann onde ele falava uma coisa bem interessante sobre o ser humano. Era que o ser humano é o único ser que atua ao mesmo tempo nas três dimensões: física, mental e espiritual. Se por exemplo existissem anjos, esses não conseguiriam interagir no mundo da matéria pois não estão aqui de forma concreta. Mas o ser humano, além do plano físico, está interagindo sempre em um mundo espiritual através da alma ou espírito, digamos assim. O mesmo vale para o mental onde cada um de nós faz parte de uma grande consciência evolutiva que atravessa esses três aspectos.

Ou seja, qualquer tipo de ser ou "divindade" que você possa imaginar, não participa de forma tão integral no Universo como o ser humano. A nossa condição como existência é a única que une todos esses mundos ao mesmo tempo. Mais uma vez, o que tem haver isso com minimalismo? É que se prestarmos mais atenção nas pessoas, independente de seus defeitos e longe de julgamentos, descobriremos o quão poderosos e ricos nós somos. E sendo assim, não precisamos dar tanta atenção as coisas materiais que possuímos.

Já pensei em ganhar na megasena, imaginei ter milhões de reais. De carrões importados a jatinhos particulares. Aquela casa toda mobilhada com diversos ambientes repletos de coisas, bibelôs e vários contratos de prestação de serviços. Tudo isso a gente pensa com a ilusão de que seremos muito mais felizes tendo essas coisas. Pode até gerar alguns sorrisos, mas quando eu percebo o quando as pessoas tem me enriquecido com suas presenças e experiências de vida, esse conjunto de tralhas se tornam apenas coisas. Apenas coisas inanimadas.


Post a Comment

Postagem Anterior Próxima Postagem