Este é um dos desafios mais difíceis de se cumprir. Como ter relacionamentos reais e ultrapassar a linha da zona de conforto do mundo virtual?

Na timeline dos trocentos amigos virtuais parece complicado manter aqueles relacionamentos cara a cara que mantínhamos na infância. Quando visitávamos sem avisar. Era um hábito! Não tinha essa de zapzap perguntando: - Tá em casa? Hoje os provedores de internet sabem mais de nós que nossos amigos. Os familiares acham que nos conhecem a cada postagem nas redes sociais, e assim somos julgados sem ao menos trocar uma palavra.

Pessoas que ficam de olho nas mudanças de status de relacionamento do facebook, a busca de um perfil perfeito, ostentação digital, selfie. Aí eu fico me perguntando o que estamos fazendo com essa tralha toda. O que a gente quer? Todo mundo conectado em rede e falta tempo para se encontrar. Um abraço foi substituído por um sms!

Estou em processo do que chamo de "Desvirtualização dos relacionamentos". Me desliguei da maioria das redes sociais e meu acesso agora é focado no trabalho. Está sendo muito mais legal curtir pessoalmente as coisas e as pessoas. Redes sociais são ótimas ferramentas de divulgação, mas as tralhas virtuais que nos bombardeiam não acrescentam muita coisa.

"Estamos sempre ocupados por desencontros." Escrevi um poema que foi parar em um banner em pleno parque ecológico da cidade de Águas Claras aqui na capital. O curioso foi vê-lo ali por tanto tempo, um cenário constante de encontros. E talvez ainda esteja lá.

Minimalismo é isso. Não necessariamente destralhar coisas materiais. É também chegar mais perto de relacionamentos reais. Minimizar o tempo gasto com o virtual é uma das coisas mais importantes no dias de hoje.



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